segunda-feira, 8 de novembro de 2010

E SE AS PESSOAS RESPIRASSEM DEBAIXO D' ÁGUA?????


MAR,  DOCE LAR


Neste mundo, carne é para poucos. E ninguém precisa de pente
Só rico no raso Na terra funcionariam principalmente os serviços, como aterros sanitários. A área residencial ficaria na água. Todo mundo que fosse alguém moraria perto da superfície - lá, o metro cúbico seria mais caro por causa da pressão menor. Aos pobres e miseráveis, restaria o fundão.

Alga no dente O nosso arroz com feijão viraria um prato de peixe e algas. A agricultura prosperaria com vegetais aquáticos. E esqueça rodízios de carne. Como criar animais para abate em terra não seria fácil, carne de boi ou porco viraria uma iguaria refinada. No lugar, iríamos a rodízios de lagosta nos almoços de domingo.

Vida longa e úmida No ar, respiramos pelo menos 25 vezes mais oxigênio que na água. Essa falta de O2, ao contrário do que parece, faria bem - viveríamos mais. Ao respirar, produzimos radicais livres que danificam células e aceleram o envelhecimento. Com um organismo adaptado a menos O2, esse processo perderia força.

Não vá pro seco, meu filho Avançar terra adentro não seria nada recomendável. Fora da água, precisaríamos de recursos que hidratassem nossa pele o tempo todo. Os países ficariam limitados ao litoral e a zonas do mar pouco profundas. E surgiria uma nova opção para as férias: o turismo radical no seco.

Energia das profundezas 70% da superfície da Terra está submersa. Com o corpo adaptado à água, exploraríamos com mais facilidade as reservas de petróleo e minérios como manganês e cobalto. Só teria um problema: com maior acesso às reservas, é provável que o petróleo se esgotasse mais cedo.

Lisinhos Membranas nos dedos das mãos e dos pés funcionariam como nadadeiras, facilitando a nossa movimentação. (Lembre-se, a água é mais densa que o ar.) E pode esquecer aquela cabeleira da sereia Ariel - seríamos lisinhos, sem quaisquer pelos que pudessem aumentar o atrito com a água.

Homens-piramboia Nossas brânquias funcionariam em conjunto com os pulmões, para que pudéssemos absorver oxigênio enquanto nadássemos. Nada de outro mundo: acontece com a piramboia, um peixe amazônico que respira dentro e fora d’água. Seria o fim das mortes por afogamento - pelo menos 7 mil por ano só no Brasil.

Fontes: Vinícius Alves Ribeiro, instrutor de mergulho profissional; Maurício C. Forlani, pesquisador do Museu de Zoologia da USP; Colombo Tassinari, professor de geologia da USP; Ministério da Saúde. 

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